A uma semana da Copa do Mundo de Clubes, The Weeknd é maior que futebol nos EUA
Nenhuma estrutura, nenhuma plotagem, nenhuma equipe trabalhando nos preparativos. O único movimento era o do staff observando as entradas e saídas para o show de The Weeknd, que, ao contrário da FIFA, esgotou todos os ingressos.
Confira a tabela da Copa do Mundo de Clubes
As entradas para Palmeiras x Porto, por exemplo, a primeira partida da Copa do Mundo de Clubes no MetLife, marcada para 15 de junho, às 19h (de Brasília), começaram na faixa de US$ 350 (quase R$ 1.950). Hoje, já é possível encontrá-las com valores inferiores a US$ 60 (pouco mais de R$ 334). Existe ainda um agravante para esta partida porque o Dia dos Pais nos Estados Unidos será celebrado exatamente nesta data.

A baixa procura para o jogo de abertura, entre Inter Miami e Al-Ahly, do Egito, derrubou o valor dos ingressos em quase 50%. Os rumores apontavam que sequer 20 mil bilhetes haviam sido comercializados para o duelo no Hard Rock Stadium, em Miami, no dia 14 de junho.
Nem mesmo a final parece estar atraindo a torcida. Segundo o Daily Mirror, inicialmente, os ingressos para o jogo que definirá o primeiro campeão mundial no novo formato custavam a partir de 890 dólares (por volta de R$ 5 mil, na cotação atual). Agora, o mesmo bilhete está à venda por 300 dólares (R$ 1.680).
Devido à redução no preço dos tíquetes, a FIFA encaminhou recentemente aos torcedores um e-mail em que dá instruções de reembolso a quem adquiriu os bilhetes com valores elevados. Uma tentativa de compensar quem claramente teve um prejuízo com a brutal variação.

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Um aperitivo — mas nem tanto — para a próxima Copa
Ouvidos pelo Flashscore, os funcionários do MetLife destacaram ter conhecimento sobre a Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Reuniões internas vêm acontecendo sobre o trabalho que será realizado durante o torneio.
Porém, a principal movimentação, de acordo com eles, se dará mesmo no próximo ano, quando o país receberá a Copa do Mundo de seleções. A expectativa, de acordo com o staff, é que o estádio seja fechado por alguns meses a partir de janeiro para atender a todos os requisitos da FIFA, em especial o gramado.

Apesar de a Copa do Mundo de Clubes gerar expectativa para o Mundial de 2026, o “evento-teste” deste ano é muito diferente. Para os comerciantes locais, por exemplo, o foco não está neste verão, mas sim no próximo, e o planejamento já começou em muitas comunidades para garantir que elas colham os benefícios de um evento desta magnitude “em seus quintais”.
Já nos arredores do estádio, a promessa para o próximo ano é de áreas especiais para que os torcedores desfrutem de toda a hospitalidade da Copa do Mundo, com múltiplas ativações que permitirão um matchday memorável.
“Nossa estrutura será de um Super Bowl por jogo”, garante um dos funcionários do MetLife.

E os estádios da MLS?
Com a procura tímida, muitos questionam o motivo de a FIFA não ter investido em sedes mais adequadas à competição, ou seja, a realização de partidas em estádios da MLS. Mas a liga norte-americana não vai parar durante a Copa do Mundo de Clubes e, no mesmo período, os Estados Unidos ainda serão sede da Copa Ouro da Concacaf. Grande parte dos confrontos entre seleções ocorrerão na Costa Oeste, além de uma sede em Vancouver, no Canadá.
Ensaio geral
Batendo à porta, a Copa do Mundo de Clubes traz grandes desafios para a FIFA. O primeiro deles será medir o apetite dos Estados Unidos em relação ao “soccer” às vésperas da maior competição do planeta.
Depois, óbvio, ser um ensaio geral para 2026, inclusive com os campos já nas medições corretas e com grama natural, algo que não foi visto durante a disputa da Copa América do ano passado.
E, por último, compreender qual será o futuro desta competição de clubes, criticada por sua inserção em um calendário extremamente apertado e que vem prejudicando atletas, especialmente com o aumento de lesões de maior gravidade.