Abel Ferreira x Renato Paiva: Amizade, caos e ordem nas Oitavas do Mundial 2025
Quando ainda estava à frente do Independiente del Valle, do Equador, Paiva chegou a fazer uma videochamada com Abel para dicas sobre o Grêmio na fase prévia da Libertadores de 2021.
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Uma opinião que mostrou-se extramemente valiosa, já que o time equatoriano conseguiu despachar o Tricolor, que havia perdido a final da Copa do Brasil para o Palmeiras de Abel pouco antes.

A troca de mensagens é constante entre os dois, como apontou o próprio Renato Paiva.
“Quando ele (Abel) ganhou a Libertadores, eu disse que, de fato, era um orgulho para um treinador português ver o que ele estava fazendo, em um contexto tão difícil como é o Brasil. Quando ele ganhou a Libertadores pela segunda vez, disse que o difícil era continuar a ganhar. Curiosamente, naquele jogo inacreditável contra o Botafogo, em que ele conseguiu a virada por 4 a 3, eu o elogiei muito pelo espírito daquela equipe, algo que hoje se mantém. Nada é impossível para eles”, disse o comandante da equipe carioca à imprensa.
Mais recentemente, Renato Paiva recebeu uma mensagem afetuosa do rival deste sábado, após a vitória sobre o PSG. Uma amizade que permite despertar até galhofas do sempre compenetrado técnico português.
“Ele (Abel) mandou uma mensagem agora, exatamente nas mesmas condições, que sendo um treinador português, ele ficou muito feliz pelo feito, que é importantíssimo para o futebol brasileiro. Peço desculpas ao Abel pela inconfidência, mas creio que ele não irá se zangar. E se zangar, paciência, ele vai levar um amarelo. Também… Ele já está acostumado (risos). Ele sabe que eu sou brincalhão”, brincou.
“Mas foi, de fato, uma mensagem muito bonita, de um treinador orgulhoso, que é português, mas que trabalha no Brasil. Esses momentos me deixam felizes, de ser reconhecido por pessoas que fazem exatamente as mesmas coisas e que têm um nível muito alto enquanto profissional”, ressaltou Paiva.
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Caos e ordem
O confronto deste sábado será, acima de tudo, uma batalha à beira do gramado, com dois treinadores que vão procurar neutralizar as principais armas de cada uma das equipes. Abel já tem na cabeça o abecedário do encontro com o amigo.
“O Renato mostrou muito bem aquilo que ele vê quando jogou contra equipes de nível superior. Acho que já tivemos muito essa discussão, não custa nada reconhecer quando uma equipe é melhor que a tua e reforçar o meio-campo. Foi isso que ele fez, jogou com três ali no meio-campo. E quando ele não quer jogar com três mais de equilíbrio, joga com um 5, um 8 e um 10 e dá uma largura para o lado esquerdo. Portanto, isto é o que ele tem feito”, analisou Abel Ferreira.
“O futebol anda sempre entre o caos e ordem. Nós vamos procurar ter ordem no jogo, e provocar o caos. Procurar desequilibrar o nosso adversário por meio de dinâmicas, essa vai ser nossa intenção, esse vai ser o nosso foco, isso que eu vou dizer aos meus jogadores. Desde o primeiro ao último segundo, vamos por em prática aquilo que treinamos”, observou o treinador do Palmeiras.
Mas Abel sabe que não terá moleza do outro lado. Seu próprio amigo faz o alerta. “Ele sabe que o meu time é difícil de derrubar”, pontuou Paiva.
“Vai ser um jogo muito tático, estratégico e atenção! Pode ser assim não pelos treinadores, mas a partir dos próprios jogadores lá dentro, porque eles já têm conhecimento do jogo, do adversário, e eles podem encontrar suas estratégias dentro do campo, encontrar suas sinergias e tomar as próprias decisões. Nós (técnicos) só influenciamos e tentamos não estragar”, concluiu o comandante do Botafogo.
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