Ancelotti criticou retranca e defendeu futebol veloz e ofensivo em tese de TCC em 1997
Nesta segunda-feira (26), Carlo Ancelotti será oficialmente apresentado como técnico da Seleção Brasileira, assumindo um contrato até o fim da Copa do Mundo de 2026. Enquanto os torcedores aguardam sua primeira convocação — para os jogos contra Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas —, vale mergulhar na filosofia do italiano, cuja tese de conclusão de curso na Federação Italiana, em 1997, já revelava seu credo: “O futuro do futebol? Mais dinamismo”.
Com cinco taças da Champions League e títulos nas cinco principais ligas europeias, Ancelotti é um mestre da adaptação. Mas sua visão de jogo, detalhada em 14 páginas de análise tática, física e psicológica, permanece surpreendentemente coerente. Para ele, o futebol ideal é “espetacular, divertido e eficaz”.
— O público busca emoções, e no futebol essas emoções vêm de um desenvolvimento rápido de soluções ofensivas variadas e imprevisíveis — escreveu Ancelotti em sua tese.
Na ocasião, Ancelotti criticou o excesso de foco na defesa e propôs um futebol baseado em velocidade de pensamento, movimento sem bola e sincronia entre duplas. Ele compara o esquema tático de uma equipe a uma partitura musical, onde os jogadores devem improvisar em uma estrutura pré-definida.
— O futebol do futuro exige sincronia coletiva e velocidade de pensamento. O grande jogador não se destaca apenas pela técnica, mas por antecipar jogadas. Se conseguirmos unir qualidade técnica a valores como altruísmo e espírito de sacrifício, o futebol continuará sendo o esporte mais belo do mundo — afirmou o treinador italiano.
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