CBF realiza treinamento com árbitros da Série A durante o Mundial
A Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realiza, nesta semana, uma atividade especial para os componentes do quadro. 64 profissionais, entre árbitros de campo, auxiliares de campo e operadores de vídeo, têm passado por um treinamento especial para evolução das atuações no futebol nacional.
A iniciativa da entidade se iniciou na segunda-feira (23) e terá continuidade até sexta-feira (27), em dois locais: Clube da Aeronáutica (CAER) e Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira (CEAB). Para a realização da atividade, foi organizado um torneio entre equipes sub-20 do futebol do Rio de Janeiro; nesta quarta (25), com presença da imprensa, oito times entraram em campo: Portuguesa, Boavista, São Cristóvão, Olaria, Bangu, Rio de Janeiro, Petrópolis e Santa Cruz.
Em entrevista ao Lance!, o presidente da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Martins Cintra – ex-árbitro profissional, com carreira de quase 20 anos -, falou sobre a importância das atividades de treinamento com o corpo do órgão máximo do futebol brasileiro, aproveitando a pausa do calendário para a disputa do Mundial de Clubes, nos Estados Unidos.
– O treinamento de hoje é fundamental. Primeiro por não ser somente prático nem somente teórico; ele tem um conjunto de ações que faz com que os árbitros tenham um treinamento contínuo e com ajustes de conduta. Não somente na regra de jogo, mas na questão comportamental, de interpretação e entendimento, leitura do que é o jogo de futebol. Temos um treinamento que vai ser perene, e isso ajuda para lapidarmos o que já veio acontecendo ao longo da temporada. Mas melhor do que isso, é ter esse treinamento de modo perene, porque nós passamos a acompanhar os árbitros, treinarmos e ajustarmos para que tenhamos a cada dez, doze rodadas, a arbitragem evoluindo na mesma competição. Mais fácil é uma competição curta, porque você não tem tanto problema de critério. Em dez meses, o Brasileirão fica mais difícil, então há a necessidade de estarmos “em rédeas curtas”: trabalhando a instrução de modo direto e objetivo, muito mais importante, porque conseguimos conduzir dez meses, levantando a régua e com um critério estabelecido – declarou o mandatário.
Os árbitros de campo se revezavam entre períodos de 15 minutos no jogo, assim como os bandeirinhas. A operação do VAR era trocada a cada metade dos confrontos, realizados em dois campos. Em um terceiro lugar, os componentes arbitrários que estavam fora dos gramados realizavam atividade física intensa sob um forte calor.
– Isso é de vital importância para a arbitragem, para todo o contexto do futebol brasileiro. Temos que agradecer à CBF por estar nos propiciando essa oportunidade de estarmos aqui, no sentido de estarmos praticando. A arbitragem precisa estar treinando, fazendo atividades como estas, agora que elas estão se tornando rotineiras no nosso calendário. Isso com certeza vai surtir um efeito muito positivo no campo de jogo. Isso vai fazer com que cada um cresça de alguma forma, com os instrutores também, em sala de aula, e em campo de jogo, corrigindo as situações pontuais de cada árbitro. Isso melhora a qualidade individual do árbitro, o que reflete no campo de jogo e no nosso futebol. Reflete no serviço que a gente acaba prestando e melhora o produto do nosso futebol como um todo – afirmou o gaúcho Anderson Daronco.