Como o Botafogo superou o PSG na maior zebra da Copa do Mundo de Clubes até aqui
Antes do torneio, o time de Luis Enrique havia sido apontado como um dos favoritos ao título, graças à maneira como eliminou todos os seus adversários na Liga dos Campeões e destruiu seus oponentes na Ligue 1.
Confira os detalhes de Botafogo 1×0 PSG
Mas contra o Botafogo, o PSG não viveu o seu dia, apesar de ter a bola por dois terços do tempo.
Muita posse, mas sem fluidez
Os franceses tiveram 74,6% de posse de bola e completaram 749 passes contra apenas 262 dos brasileiros.
O PSG controlou o jogo, com Vitinha dando 144 passes – o maior número do torneio – e português sondou e provocou durante os 90 minutos.

Khvicha Kvaratskhelia, tantas vezes protagonista do PSG, também deve ter ficado desapontado com o fato de seus cinco chutes não terem dado em nada.
Como pode acontecer às vezes, quando uma equipe acostumada a jogar um jogo mais fluido e vertical é travada, é difícil reencontrar esse ritmo durante o jogo.
Gregore, do Botafogo, fez seis faltas no jogo, a maioria delas táticas, mais do que as de qualquer outro jogador em campo e sugerem qual foi a estratégia de Renato Paiva.
Robustez do Botafogo
A boa marcação foi replicada pelo Glorioso por todo o campo – os seis desarmes de Alexander Barboza foi o maior do jogo – e, embora não tenha sido bonito em alguns momentos, Paiva deve ter entendido antes do pontapé inicial que não adiantava tentar enfrentar o PSG de igual para igual.
O atacante Ousmane Dembelé fez muita falta, e Desire Doué se mostrou um pouco fora de ritmo, com apenas dois chutes em todo o jogo. Embora seus cinco cruzamentos tenham sido recorde no confronto, eles raramente incomodaram os botafoguenses.

Mais centralizado no ataque, Gonçalo Ramos foi invisível – apenas sete toques no primeiro tempo – e não é de se admirar que Luis Enrique estivesse bravo na linha lateral, criticando o atacante.
Apesar de todas as intenções do PSG de atacar, o Botafogo parecia satisfeito em absorver a pressão incessante. Foram 31 cruzamentos franceses contra três dos brasileiros, 10 escanteios contra um e 41 dribles tentados pelo PSG contra 16 do Glorioso.
Ainda assim, o maior número de desarmes tentados pela equipe de Paiva (23 contra 19) e mais bem-sucedidos (15 contra 12) permitiram que eles agredissem esporadicamente.
Seis jogadores do Botafogo recuperaram a posse de bola em pelo menos quatro ocasiões, mostrando o esforço e aplicação da equipe.
Um chute, um gol para Jesus
Com vários jogadores do PSG perdidos depois de mais um ataque que não deu em nada, Igor Jesus abriu o placar, anotando seu segundo no torneio.
Este foi apenas um dos quatro chutes que o Botafogo deu em todo o jogo. Eficácia foi o nome do jogo.
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Frustração do PSG
Para um jogo que provavelmente se esperava que o PSG vencesse com facilidade, a frustração logo se instalou e ficou claramente evidente à medida que a partida se prolongava – exatamente a resposta que o Botafogo estava procurando.
Na prática, o que esse gol significa é que o Botafogo agora lidera o grupo com seis pontos, o PSG e o Atlético de Madri têm três cada, e o Seattle Sounders é o lanterna sem nenhum ponto.

A única esperança de classificação do time espanhol agora é vencer os brasileiros por pelo menos três gols de diferença na última partida.
Como Diego Simeone e seu time do Atlético são mestres em jogar um jogo mais físico e não se intimidam com as táticas dos adversários, a questão para o Botafogo é saber se agora eles são capazes de adaptar seu próprio modus operandi para garantir uma vaga no mata-mata – que agora parece provável.
