Corinthians, São Paulo e Santos: descontrole financeiro pode comprometer futuro do trio

Corinthians, São Paulo e Santos: descontrole financeiro pode comprometer futuro do trio

Corinthians, São Paulo e Santos: descontrole financeiro pode comprometer futuro do trio

Corinthians, São Paulo e Santos, cada um à sua maneira, inflou seus gastos financeiros nos últimos meses. Sem controle financeiro, os três times podem ter o futuro comprometido, com restrições orçamentárias que os deixem ainda menos competitivos perante aos rivais brasileiros.

 

No ano passado, ameaçado pela chance de ser rebaixado, o Corinthians foi ao mercado e contratou Memphis Depay, André Carrillo, José Martínez, Hugo Souza e outros, aumentando consideravelmente seus gastos com a compra de direitos econômicos e salários. O Tricolor, preocupado com a distância para Palmeiras, Flamengo, Botafogo, aliviou sua folha salarial para poder repatriar Oscar. De volta da Série B, o Santos entendeu que precisava ter um time competitivo. O retorno de Neymar, que estava previsto para a metade do ano, foi antecipado. Assim, o Peixe se viu obrigado a reforçar o elenco.

 

— São Paulo, Corinthians e Santos estão num processo de estrangulamento. Em breve, eles podem ter problemas, porque o número de dívidas é muito grande. No caso de São Paulo e Corinthians, o comprometimento das receitas com essas dívidas é elevado. E eles continuam gastando. O Santos tem receitas muito estáveis, baixas, para o volume de investimento que está sendo feito. Isso também chama a atenção — pontua o economista César Grafietti, sócio da consultoria Convocados, especialista na análise financeira dos clubes brasileiros.

Oscar em ação no jogo entre São Paulo e Ponte Preta no Morumbis pelo Paulistão 2025

O Corinthians tem uma dívida que ultrapassa os R$ 2 bilhões, incluindo a Neo Química Arena. Embora esteja contando com a ajuda da torcida, que tem contribuído fielmente com o clube através da vaquinha para a quitação do estádio alvinegro, o Corinthians projeta gastar este ano aproximadamente R$ 400 milhões em juros decorrentes das dívidas contraídas pela agremiação.

 

— O Corinthians é uma bomba relógio. Então, ela vai explorar. Faz um RCE (Regime Centralizado de Execuções) aqui, faz outra operação ali, consegue um acordo. Para quem faz um R$ 1 bilhão de receita, sobrou só R$ 600 milhões. E aí você não paga dívida. Precisa parar tudo e repensar completamente a estrutura. Não dá para ter um jogador de R$ 3 milhões. Tem que ter uma reestruturação financeira e operacional — pontuou Grafietti.

 

O Corinthians optou pelo RCE, cujo objetivo principal é impedir bloqueios das contas do clube, que impactam a operação da gestão no curto prazo, forçando a diretoria a ter que “apagar incêndios” constantemente.

Original Link

Deixe um comentário