A contratação de Roque, que era comparado a Endrick, do Real Madrid, em gols, era um plano de médio a longo prazo, mas a lesão de Gavi e os problemas com o fair play financeiro colocaram tudo a perder.

O Barcelona precisava de um reforço para substituir o jogador da seleção espanhola, mas não havia dinheiro para substituí-lo por um de qualidade. Assim, de acordo com Deco, Xavi pediu para antecipar a chegada de “Tigrinho”, prevista para o verão europeu seguinte.

“Quando Gavi se machucou, por causa do fair play financeiro, não pudemos trazer nenhum jogador importante para essa posição. Foi então que antecipamos em seis meses a chegada e o processo de adaptação de Vitor Roque, que deveria ter acontecido no verão, no início desta temporada. Erramos“, disse Deco ao ge.

“O técnico queria que fosse assim. A ideia era que ele chegasse em meados de 2024. Acho que ele foi prejudicado por isso. E essa é a exigência do Barcelona”, concluiu o diretor.

A partir daí, entre a inexperiência do jogador, as exigências do próprio clube e algo mais, Vitor Roque, visto como o sucessor de Lewandowski, não deu certo.

“Seus primeiros seis meses não foram bons. Acho que houve também uma falta de atenção geral da equipe e do clube, na identificação dos problemas que ele tinha, na adaptação e até mesmo na cabeça dele. E não fomos capazes de ajudá-lo nesse sentido”, afirmou Deco. 

Felizmente para o Barcelona, já que não conseguiu obter nenhum retorno esportivo com o atacante, o Palmeiras chegou enquanto Roque estava emprestado ao Betis. Já que estava em um time que também não era titular, o Verdão comprou os direitos do jogador e os Culés conseguiram recuperar grande parte do investimento feito.

Vitor Roque jogou 16 partidas com Xavi, apenas duas como titular, e marcou dois gols.