Dia das Mães: os desafios pré e pós-parto de atletas profissionais

Dia das Mães: os desafios pré e pós-parto de atletas profissionais


Dia das Mães: os desafios pré e pós-parto de atletas profissionais

Uma imagem durante a Superliga de Vôlei Feminino chamou a atenção do Brasil: grávida de cinco meses, a levantadora Pri Heldes foi uma das protagonistas do Fluminense em quadra na partida contra o Sesi-Bauru, no dia 10 de abril. À época, questionada sobre os riscos de atuar grávida, a jogadora explicou que estava sendo acompanhada por uma médica e recebeu liberação para continuar em atividade, o que permitiu que seguisse ajudando sua equipe com segurança.

A cena gerou grande repercussão e levantou questionamentos sobre saúde e segurança no esporte de alto rendimento durante a gestação. A presença de Pri Heldes em quadra não apenas quebrou paradigmas, mas também abriu espaço para um debate importante sobre os limites, cuidados e possibilidades para atletas grávidas em competições profissionais.

Com esse contexto, o Lance! reuniu três personalidades do esporte para falar sobre a gestação no alto rendimento: Tathiana Parmigiano, ginecologista, obstetra e pós-graduada em Medicina Esportiva, que atua como ginecologista do Comitê Olímpico do Brasil; a própria Pri Heldes, atleta de vôlei do Fluminense; e Sole Jaimes, jogadora de futebol com passagens por Santos e Flamengo e atualmente no 3B da Amazônia, que foi mãe recentemente.

Dra. Tathiana Parmigiano (Foto: Divulgação)

A medicina e os desafios da gravidez para atletas

Tathiana Parmigiano explicou que os treinos para uma gestante atleta devem se basear em três pilares: aeróbio, resistido e fortalecimento do assoalho pélvico. 

– Os treinos para uma gestante, especialmente para uma jogadora, devem ter três pilares: um exercício aeróbico, um exercício resistido e exercícios para a musculatura do assoalho pélvico. No caso de uma atleta, dentro do exercício aeróbico, ela pode continuar correndo, por exemplo. Pode ir para a academia, fazer bicicleta, transport ou escada. Não há nenhuma limitação em relação ao que ela já estava acostumada, principalmente a corrida. O que vamos adaptar é a intensidade: a ideia é que ela treine em uma intensidade moderada, ligeiramente difícil, em que consiga conversar durante o exercício — esse é um parâmetro muito importante. Além disso, os treinos devem, preferencialmente, durar até uma hora. Ao longo da semana, é recomendável uma divisão: ela pode fazer exercício aeróbico todos os dias e incluir um segundo treino, de preferência em outro período, como de musculação ou funcional – comenta Tathiana Parmigiano.



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