Eleição na CBF: Leila se compara a Thatcher; Cruzeiro e Santos furam boicote

Eleição na CBF: Leila se compara a Thatcher; Cruzeiro e Santos furam boicote


Eleição na CBF: Leila se compara a Thatcher; Cruzeiro e Santos furam boicote

A Assembleia Geral Eleitoral que conduziu Samir Xaud à presidência da CBF foi marcada por promessas de mudança, redução dos campeonatos estaduais e blindagem a Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira. Poucos dirigentes além do eleito se manifestaram, sendo que uma das exceções foi Leila Pereira. A presidente do Palmeiras, que chegou a se comparar a Margaret Thatcher, foi das raras dirigentes de clubes a manifestar apoio público a Xaud. 

O pleito também teve “furo” de boicote. Santos e Cruzeiro, que assinaram o manifesto “Sem Clube não tem Futebol” na semana passada, e o Operário-PR, que aderiu posteriormente à iniciativa de boicote à eleição, enviaram representantes. Mas não é certo que votaram em Samir Xaud. Isso porque o dirigente recebeu 103 pontos (considerando os pesos diferentes dos votos), sendo que o registro de presença garantiria 108 pontos se todos tivessem votado no candidato único. Os cinco pontos faltantes coincidem com os pesos dos votos, já que os dos clubes da Série A valem 2, e os da B valem 1.

Leila Pereira deu entrevista logo ao chegar à sede da CBF. Classificou como preconceito as críticas a Samir Xaud baseadas na federação de origem do dirigente. Xaud é de Roraima, estado que nunca teve representantes nas duas principais divisões do futebol brasileiro. Para defendê-lo, Leila lembrou que foi criticada quando surgiu como candidata no Palmeiras. Foi neste momento que se comparou à Dama de Ferro, Margaret Thatcher.

Michelle Ramalho, eleita vice-presidente da CBF, e Leila Pereira

CBF promete enxugar estaduais; medida afeta Federação Paulista

— Minha gestão é a mais vitoriosa da história do Palmeiras. Na minha gestão, nós fizemos as maiores vendas da história do futebol.  Na minha gestão, nós conseguimos uma receita de quase R$ 1,3 bilhão, a maior da história. Essa mulher, que a grande maioria falou que seria uma rainha da Inglaterra, foi decisiva. Estou mais para Margareth Thatcher do que para rainha da Inglaterra — considerou a presidente do Palmeiras.

Tanto no discurso de posse quanto na entrevista que concedeu na sequência, Samir Xaud prometeu mudanças no calendário do futebol brasileiro. A principal delas é a redução dos campeonatos estaduais, que passarão a ter um máximo de 11 datas a partir do próximo ano.

A redução terá impacto principalmente na Federação Paulista, que organiza o Paulistão em 16 datas. A federação é comandada por Reinaldo Carneiro Bastos há 10 anos. Ele tentou se candidatar ao pleito deste domingo em oposição a Samir Xaud, mas não conseguiu apoio mínimo das oito federações. A federação paulista foi a única que não enviou representante para a eleição.



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