Como Everaldo foi da artilharia à má fase antes de sair do Bahia para o Fluminense
Everaldo estava nas condições que todo camisa 9 deseja. De frente para o goleiro dentro da área, em maior velocidade que o zagueiro e com a chance de escrever seu nome na história do Fluminense na estreia do time no novo Mundial de Clubes. Mas o atacante titubeou e não balançou as redes, para revolta de muitos tricolores. Antes de ir para o Rio de Janeiro, inclusive, essa era uma reação constante de parte da torcida do Bahia durante a passagem do atleta por Salvador.
No Tricolor baiano, Everaldo sempre viveu em uma linha tênue entre o céu e o inferno. Em 2023, ano da sua chegada ao clube, que tinha acabado de firmar acordo com o Grupo City, o atacante fez a melhor temporada da carreira e ganhou a confiança de Renato Paiva e Rogério Ceni. Foram 20 gols e cinco assistências em 60 jogos, que lhe rendeu a artilharia do Tricolor naquele ano.
Ainda assim, a torcida facilmente pegava no pé de Everaldo e não estava convencida do camisa 9 titular do Bahia. Tudo isso pode ter sido efeito da chegada do City, que gerou expectativas de contratações de grandes nomes para o time, inclusive para o ataque. O problema é que Everaldo não é um craque, ele apresenta claras limitações, mas pode ser decisivo dentro da área e classificar o Flamengo.
Na temporada seguinte, já sob o comando integral de Rogério Ceni, Everaldo seguiu como dono da posição, mas diminuiu seus números em relação a 2023, o que deu margem para a torcida intensificar as cobranças. Foram 11 gols e seis assistências m 58 partidas. Mas o detalhe é que Ceni passou a usá-lo mais aberto pelas pontas, o que o fez trabalhar em outro estilo de jogo em que o foco não era exclusivamente marcar gols.
Ele chegou a viver jejum de 12 partidas sem balançar as redes e era reconhecido por algumas decisões erradas próximo à meta adversária. Mesmo com tantas falhas, Eve só perdeu a titularidade nos últimos jogo do ano, quando o jovem uruguaio Lucho Rodríguez foi chamado e assumiu a vaga com um poder de decisão maior que o companheiro de posição.
Com a chegada de Willian José nesta temporada para reforçar o ataque do Bahia, Everaldo foi para o fim da fila, o que despertou no clube baiano o interesse em vendê-lo. O rival Vitória inicialmente procurou o Everaldo, que descartou a oferta e foi para o Fluminense em seguida. Ele chegou a disputar seis jogos pelo Bahia em 2025 e marcou três gols.