Fifa diz não encontrar provas que confirmem racismo de Cabral em denúncia de Rüdiger
O jogo entre Real Madrid e Pachuca, disputado no último domingo (22) pelo Mundial de Clubes, ficou marcado por um suposto episódio de racismo envolvendo o argentino Gustavo Cabral, do time mexicano, e Antonio Rüdiger, do clube espanhol. No entanto, de acordo com o “Marca”, a Fifa analisou as imagens do estádio, tanto da transmissão oficial quanto de outras possíveis câmeras, mas não conseguiu identificar a conversa comprovando as acusações.
Rüdiger alegou ter sido vítima de uma injúria racial por parte de Cabral, o que levou à ativação do protocolo antirracista em campo pelo árbitro da partida, o brasileiro Ramon Abatti Abel. Além do gesto em “X” com os braços feito pelo juiz na hora do ocorrido, o episódio foi anotado na súmula e uma investigação pela Fifa foi iniciada.
O zagueiro diz ter sido chamado de “negro de m****” por Cabral. O argentino, durante a zona mista, após o fim da partida, negou as acusações e confessou tê-lo xingado de “covarde de m****”, sem teor racista. O caso segue em aberto e o próximo passo é ouvir formalmente os envolvidos, além de possíveis testemunhas que possam ajudar na busca. O jogador alemão mantém a acusação e, apoiado pelo Real Madrid, aguarda as etapas subsequentes.
Se o caso de racismo envolver torcedores presentes nas arquibancadas, o clube pode ser punido com multas de até cinco milhões de euros (mais de 32 milhões de reais), dedução de pontos ou até mesmo a exclusão de uma competição.
Se a injúria racial envolver um jogador ou um treinador, como a do caso investigado, a punição aplicada é com a suspensão por, no mínimo, dez partidas ou por um período específico de tempo. A sanção também é válida em situações que violem a dignidade ou a integridade de um país.