Fim dos Estaduais: período de incertezas para milhares de famílias e trabalhadores
A história se repete.
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Com o encerramento dessas competições, mais de uma centena de clubes e milhares de profissionais perdem temporariamente suas fontes de renda, impactando diretamente suas vidas e de suas famílias.
Dentre os mais afetados estão os trabalhadores informais que vivem do futebol, como ambulantes que vendem alimentos e bebidas nos arredores dos estádios, seguranças, catadores de recicláveis, motoristas de aplicativos e pequenos comerciantes. Essas pessoas encontram nos campeonatos estaduais uma oportunidade de gerar renda, e com o fim dos jogos, enfrentam um cenário de incerteza econômica. Cenário este que não demonstra nenhum viés de melhora: em 2025 tivemos uma média de 14 datas para a realização dos estaduais e, ao que parece, em 2026 teremos míseras 12 datas.
Além disso, inúmeros estádios municipais acabam ficando ociosos após o término dessas competições. Essas praças esportivas, muitas vezes mantidas com recursos públicos, deixam de ser utilizadas com frequência, impactando a economia local e a geração de empregos indiretos, como manutenção, segurança e serviços gerais. Sem uma programação constante de eventos esportivos ou culturais, esses espaços se tornam pouco aproveitados e deficitários. Um prejuízo imenso para toda a indústria, que não chega às discussões superficiais dos estúdios de TV e concentrações das grande equipes, sobre a utilização de gramado sintético ou natural em nossos estádios.
Mas o impacto atinge em cheio mesmo os profissionais diretamente ligados ao futebol, como jogadores de times com pouco investimento, comissões técnicas inteiras, árbitros e funcionários de clubes, que muitas vezes assinam contratos curtos e ficam sem perspectiva de emprego até o início de novas competições. Para essas pessoas, a descontinuidade dos campeonatos estaduais representa uma luta para se manter no mercado esportivo ou ser obrigado a buscar alternativas de trabalho em outras áreas.