Ídolo do Bahia lembra dilúvio contra o Internacional na Libertadores

Ídolo do Bahia lembra dilúvio contra o Internacional na Libertadores


Ídolo do Bahia lembra dilúvio contra o Inter e avalia time na Libertadores

L!: como foram esses bastidores fora e dentro de campo e as condições de jogo daquela partida entre Bahia e Internacional que terminou 0 a 0, com o Colorado se classificando para as semifinais da Copa Libertadores?

– Em todos os jogos que fizemos contra o Inter, levamos vantagem e fomos melhores, mesmo quando perdemos por 1 a 0 lá. O jogo de 3 a 0 que o Internacional venceu na primeira fase do Brasileiro serviu de lição para a gente. Eles achavam que tanto no Brasileiro quanto na Libertadores se dariam bem por conta daquele jogo, mas nunca deixamos de atacar, de buscar o gol adversário, e isso impressionava muito eles. Eu tive o prazer de jogar quatro anos com o Tafarel, e ele sempre falava que ficava impressionado porque o Inter fez o gol e se assustou. O Bahia tomou o gol e ficou tranquilo, parecia que estava ganhando o jogo.

L!: Parece que, se fosse em condições normais, sem aquele dilúvio, o Bahia teria uma boa chance de ganhar do Internacional na Libertadores. Você pensa da mesma forma?

Zé Carlos torce pelo Bahia na Arena Fonte Nova Foto: Redes Sociais

Zé Carlos: nós estávamos confiantes em conquistar a Libertadores. Do jeito que nosso time estava encaixado e jogando, até mesmo naquela chuva, demonstramos o tempo todo que poderíamos vencer e ir até a final. Mas não sei por que realizaram aquele jogo em um gramado que não dava nenhuma condição. Todo mundo falou com Arnaldo, e ele disse que teria que dar o jogo. Nosso time tinha muita coragem, firmeza, e as conquistas no Brasileiro nos deixaram confiantes. O Bahia virava jogos, nós nunca desistíamos. E tínhamos botado na cabeça que ninguém nos tiraria da Libertadores, se não fosse a chuva.

– Mesmo assim, conseguimos um feito maravilhoso. Com todos os investimentos e estrutura que existem hoje, é muito difícil um time do Nordeste ser campeão brasileiro. Na nossa época, sem recursos, com salário atrasado, sem material e sem condições de trabalho, fomos campeões. O Bahia se encaixava, tinha atitude. Disputávamos cada espaço do campo, todas as bolas. E isso não era só de um jogador, era o time todo. Quando alguém não estava no mesmo ritmo, cobravávamos.

L!: como você vê o Bahia nessa Libertadores? Você acha que o Bahia pode ir longe, como em 89, ou ainda precisa crescer para chegar a esse patamar?



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