Ingrid Visser: a estrela do vôlei holandês que foi morta a mando de dirigente
Um dos maiores nomes da história do vôlei holandês, Ingrid Visser teve uma história de vida digna de filme. Atleta com maior número de jogos disputados pela seleção na modalidade, ela foi morta a mando de um ex-dirigente. A morte de Ingrid completa 12 anos neste dia 14 de maio. O 365Scores recorda um pouco da história da central.
Carreira de Ingrid Visser
Nascida em Gouda, na Holanda, em 4 de junho de 1977, Ingrid Louise Visser começou sua carreira durante a juventude, em 1984, pelo time local, VC Nesselande Zevenhuizen.
Dez anos depois, se transferiu para o rival, VVC Vught, onde levantou o troféu do Campeonato Holandês e venceu a copa local em 1996 e 1997.
Passagem pelo Brasil
Com apenas 20 anos, a central foi para longe de sua terra natal e desembarcou em Belo Horizonte para defender o Minas Tênis Clube.
Retorno à Europa
Após duas temporadas na equipe mineira, a holandesa retornou à Europa, para passar uma temporada na sua terra natal defendendo o AMVJ Amstelveen. Posteriormente, fechou com o Cividini Vicenza, da Itália, para a temporada 2000/2001. Lá, conquistou a Copa CEV.
Em seguida, foi para a Espanha, onde passou dois anos no Las Palmas e conquistou o Campeonato Espanhol três vezes de 2004 a 2006, além de levantar a taça da Liga dos Campeões.
Depois de passagens pela Rússia e Espanha, onde atuou pelo CAV Murcia, ela encerrou sua carreira no Azerbaijão, onde atuou pelo Baki Baku.
Ao término de sua trajetória no vôlei profissional, em 30 de janeiro de 2012, Ingrid Visser deteve o recorde holandês de jogos pela seleção principal, com 514 partidas. Sua melhor campanha nas Olimpíadas aconteceu em Atlanta, em 1996, quando a Holanda ficou no quinto lugar.
Assassinato de Ingrid Visser
Em 13 de maio de 2013, a holandesa e seu marido, Lodewijk Severein, desapareceram quando estavam de férias na cidade de Múrcia, na Espanha. O carro que o casal havia alugado foi encontrado uma semana depois.
No dia 27, os corpos de Ingrid e Lodewijk foram encontrados enterrados em uma cova rasa. Na época, as investigações descobriram que ela estava grávida.
O mentor do crime foi Juan Cuenca Lorente, interrogado em 28 de maio daquele ano e preso. Ele havia sido diretor esportivo no CAV Murcia entre 2010 e 2011, quando Ingrid havia defendido o clube. A causa dos assassinatos teria sido um desentendimento financeiro ente Lorente e o casal.
Juan Lorente e o romeno Valentin Ion, também envolvido no crime, foram condenados a 40 anos de prisão. Depois do assassinato, a camisa número 15 foi aposentada na seleção holandesa de vôlei.
Homenagem de Celeste Plak
Ponteira do Gerdau Minas, a holandesa Celeste Plak deu detalhes de sua idolatria por Ingrid Visser recentemente. Em entrevista ao Basticast, ela explicou que o motivo de usar a camisa 4 atualmente.
“Ela foi uma jogadora muito boa, lendária. Minha família foi amiga dela, nos encontramos algumas vezes. perguntei se poderia jogar com o número 15, e ela disse que seria uma honra”, disse Plak.
“Eu estava em casa vendo um documentário sobre os tempos romanos. Eles estavam falando sobre os números romanos e vi o número quatro, que é IV. Pensei na hora em ‘Ingrid Visser’. O número 4 foi escolhido para mim. Não jogo com a 15, mas com a 4, que é o IV em romanos, Ingrid Visser” explicou a ponteira.
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