Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
O pedido do afastamento de Ednaldo partiu da deputada federal Daniela do Waguinho (União-RJ) e do próprio Fernando Sarney. Os dois se basearam em uma suposta falsificação da assinatura de Coronel Nunes no acordo de janeiro de 2025 que legitimou a primeira eleição de Ednaldo na CBF, em 2022.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou a solicitação na última semana, mas encaminhou o caso ao TJ-RJ, que havia destituído Ednaldo em dezembro de 2023. Na ocasião, o tribunal o afastou por irregularidades na assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) do Ministério Público com a entidade.
Gilmar Mendes, porém, reconduziu Ednaldo Rodrigues à presidência em uma decisão monocrática, em janeiro de 2024. Vale lembrar que o ministro é sócio e fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), que tem contrato com a CBF para gerir a CBF Academy.
Sem concorrentes, Ednaldo foi reeleito presidente da CBF por unanimidade em março deste ano. O mandatário conseguiu todos os votos após aumentar os salários dos presidentes de federação em 330% desde 2021, de R$ 50 mil para R$ 215 mil, segundo reportagem da revista Piauí.

Ednaldo recorre
Ainda na noite desta quinta, Ednaldo Rodrigues recorreu ao STF para tentar anular a decisão do TJ-RJ.
O pedido, em nome da CBF, é em cima de uma ação que já tramita em Brasília e julga a legitimidade do Ministério Público de celebrar acordos com entidades esportivas.
O julgamento desta ação está marcado para o dia 28 de maio, e tem o o Ministro Gilmar Mendes como relator.
Mendes foi quem reconduziu Ednaldo à presidência da CBF em janeiro de 2024, após a Justiça do Rio afastá-lo pela primeira vez.