Atletas inspiram atletas, mas às vezes a inspiração vem ainda no nascimento do bebê, quando não há nenhuma expectativa de profissão. Neste caso, entram em ação parte os pais da criança, que homenageiam ídolos com o nome de seus filhos. O caso mais recente envolve o jovem atacante Raykkonen, de 16 anos, do Internacional, que se destacou em sua estreia profissional nessa terça-feira (29).

Raykkonen tem o nome em homenagem ao ex-piloto de Fórmula 1 Kimi Raikkonen, que foi campeão mundial de F1 em 2007. O centroavante colorado é natural de Mãe do Rio, no Pará, e chegou em fevereiro ao time sub-17 do Inter, emprestado pelo Goiás.

Esse tipo de homenagem a pilotos de Fórmula 1 já aconteceu com outros atletas, inclusive com outro jogador brasileiro e um patinador japonês com nome inspirado em Ayrton Senna. O 365Scores separou quatro histórias semelhantes a de Raykkonen.

Edvaine (futebol)

O lateral-esquerdo brasileiro Edvaine tem o nome inspirado em Eddie Irvine, ex-piloto irlandês que correu na Fórmula 1 entre as temporadas 1993 e 2002. A homenagem partiu do tio, fã de automobilismo, que pediu a mãe do jogador para colocar o nome do então companheiro de Michael Schumacher na Ferrari.

“Eu assistia muita corrida e achei bonito o nome do piloto (Eddie Irvine). Além disso, analisei meu nome (Edvaldo) e o término do nome da mãe dele (Cristiane). Fiz essa análise e juntei tudo”, contou o tio, em entrevista ao Ge.

Aos 25 anos, Edvaine está no Monte Azul, de São Paulo, onde disputa a Série D do Campeonato Brasileiro. Antes disso, o lateral-esquerdo acumulou passagens por clubes como Sergipe, Penapolense e Caruaru City.

Sena Miyake (patinação)

O patinador japonês Sena Miyake, de 23 anos, tem o nome em homenagem a Ayrton Senna, ex-piloto brasileiro que dominou o automobilismo entre os anos 80 e 90. O ídolo do Brasil tem enorme prestígio no Japão, e isso fez com que o pai de Miyake se inspirasse na hora de definir o nome do filho.

“Meu pai, além de adorar automobilismo, e gostar muito de Ayrton Senna, queria um nome que me inspirasse a ter conquistas pelo mundo. É incrível toda vez que eu ouço o meu nome em referência a uma lenda mundial, um herói brasileiro. Sinto um grande orgulho”, disse Sena Miyake, em entrevista a ESPN.

Sena Miyake foi campeão asiático júnior na temporada 2017/18 e, inclusive, já conquistou um título homenageando Ayrton Senna na pista de gelo. Em 2018, em Luxemburgo, o japonês se apresentou com um macacão vermelho, clássico da época de Senna da McLaren, com a frase icônica do piloto brasileiro: “Correr, competir, eu levo isso no meu sangue. É parte de mim. É parte de minha vida.”

Lewys Hamilton (futebol)

Aos 8 anos, o jogador Lewys Hamilton já chamou a atenção com o nome inspirado no piloto britânico de Fórmula 1. O menino passou a integrar as categorias de base do São Paulo. Atualmente no sub-9 do Tricolor, o pequeno atleta repercutiu nas redes sociais após ter o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF.

Lewys Hamilton nasceu em dia de corrida da Fórmula 1, e a vitória do heptacampeão inspirou os pais. O GP da Bélgica, no dia 28 de agosto de 2016, foi o que estimulou a mãe a homenagear Lewis Hamilton, atualmente na Ferrari.

“O nome do Lewys foi escolhido quando a gente estava assistindo a uma corrida. Eu queria um nome diferente, e quando falou o nome dele na televisão, eu falei: “Vai ser esse daí”. Todo mundo achou que eu não ia conseguir colocar o nome nele, mas pra ficar um pouco diferente, eu coloquei um Y, pra ficar mais chamativo. Eu passei a gostar do piloto. Ele estava na corrida e o (Lewys) Hamilton mexeu na barriga”, contou a mãe, em entrevista ao Ge.

Patrick Tamberg (surfe)

O surfista Patrick Tamberg, natural de Fernando de Noronha, leva o nome do ex-piloto francês de Fórmula 1 Patrick Tambay, que faleceu aos 73 anos de idade, em 2022. Vencedor de dois GPs com a Ferrari, em 1982 e 1983, o automobilista inspirou os pais do brasileiro no momento da escolha do nome do filho.

Apesar de ter seguido carreira em outro esporte, Patrick Tamberg também foi campeão, só que nas águas. O surfista foi um destaque mais novo, com título do torneio Red Bull, realizado em Fernando de Noronha e que contou com os 18 melhores surfistas com até 21 anos do Brasil. Em 2016, ele foi um dos condutores da Tocha Olímpica em Noronha, onde foi 16 vezes campeão noronhense.

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