Morte de Maradona: promotor expõe corpo e chama médicos de assassinos
O julgamento de sete dos oito profissionais de saúde que se tornaram réus pela morte de Diego Armando Maradona começou na terça-feira (11). Eles respondem pelos crimes de homicídio simples com dolo eventual, além de falsidade ideológica.
Patricio Ferrari, promotor que cuida da apuração da morte de Maradona, mostrou uma foto do estado do ex-jogador minutos antes do óbito, em novembro de 2020. Além disso, ele fez um pronunciamento impactante no julgamento.
— Maradona morreu assim. Quem disser a vocês, juízes, que não perceberam o que estava acontecendo com Diego, está mentindo na cara de vocês se não disserem que participaram de um assassinato — relatou Patricio.
Os acusados são o neurocirurgião e ex-médico particular de Maradona Leopoldo Luciano Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, o psicólogo Carlos Ángel Díaz, a médica coordenadora Nancy Forlini, o coordenador de enfermeiros Mariano Perroni, o médico clínico Pedro Pablo Di Spagna e o enfermeiro Ricardo Omar Almirón. Além dos sete, a enfermeira Dahiana Gisela Madrid, de 40 anos, também responde pelo crime, mas ela será julgada pelo tribunal do júri a pedido de sua própria defesa.
Com 120 testemunhas, as audiências devem ocorrer até julho de 2025. Se forem condenados, os acusados poderão pegar penas que variam de oito a 25 anos de prisão.
O julgamento do caso Maradona estava marcado inicialmente para junho do ano passado, mas foi suspenso na ocasião a pedido da defesa dos réus. Conforme o jornal argentino “Clarín”, a denúncia aponta que os profissionais “violaram seus deveres ao colocar ou colaborar com uma série de fatores e circunstâncias que eram claramente graves, aumentando todos os riscos” contra a saúde de Maradona, o que, segundo os promotores, “causaram o resultado fatal do paciente, que poderia ter sido evitado”.