Morte de Maradona: vídeo em julgamento mostra reação da família
O Juizado Criminal nº 3 de San Isidro, na região metropolitana de Buenos Aires, começou nesta terça-feira (11) o julgamento de sete dos oito profissionais de saúde que se tornaram réus pela morte de Diego Armando Maradona, ídolo da seleção argentina. Promotor do caso, o procurador-geral adjunto de San Isidro Patricio Ferrari mostrou uma foto do ex-jogador, em uma cama, minutos após sua morte.
– Maradona morreu assim. Quem disser a vocês, juízes, que não perceberam o que estava acontecendo com Diego está mentindo na cara de vocês se não disserem que participaram de um assassinato – disse Patricio Ferrari, ao se aproximar dos juízes Verónica Di Tommaso, Maximiliano Savarino e Julieta Makintach.
A imagem em questão mostrou o ídolo já sem vida, anormalmente inchada, com um tubo na boca e sinais dos últimos esforços para tentar salvá-lo ao meio-dia de 25 de novembro de 2020. Veronica Ojeda, ex-namorada de Maradona, compareceu ao primeiro dia de julgamento, foi vista chorando na porta do tribunal se mantém com o semblante fechado. Dalma e Jana Maradona, filhas do ex-jogador, também estiveram no local e começaram a chorar assim que o promotor mostra o retrato.
Os sete profissionais são acusados de agirem com negligência e contribuírem para a morte Maradona, que faleceu em novembro de 2020. Tratam-se de Leopoldo Luque, neurocirurgião, Agustina Cosachov, psiquatra, Carlos Diaz, psicólogo, Nancy Forlini, coordenador médica, Mariano Perroni, coordenador de enfermagem, Pedro Pablo Di Spagna, médico e Ricardo Almiro, enfermeiro.
São esperadas mais de 100 testemunhas ao longo do processo, que acontece quatro anos após a morte do ídolo. Eles respondem pelos crimes de homicídio simples com dolo eventual, além de falsidade ideológica. Patricio Ferrari ficou responsável por delinear, em fala inicial, as diretrizes da acusação.
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