OPINIÃO: Galvão chama Santos de Corinthians, perde a voz e mostra que perdeu a majestade
Sem tempo de bola depois de sua aposentadoria da Globo, a lenda da TV brasileira errou demais na transmissão.
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Ele chegou a confundir o Santos com o Corinthians em quatro ocasiões diferentes durante o jogo — algo certamente inédito em sua carreira. Na terceira vacilada, ele culpou o uniforme do Peixe, que jogou com calções e meias pretas. Na quarta vacilada, ele deu uma risada envergonhada, e pediu “perdão” novamente.
O repórter André Hernan tentou fazer uma graça, dizendo que a confusão se deu porque o zagueiro santista Gil fez história no Timão. Não colou.
Galvão também mostrou pouca intimidade com os jogadores em campo – com a exceção de Neymar – e passou lances inteiros sem conseguir identificar quem fazia o quê com a bola.
Em outros momentos, enquanto o jogo rolava, Galvão resgatava trívias da Seleção Brasileira com seu ex-companheiro global Mauro Naves, que foi contratado pela Amazon como comentarista.
O narrador também:
– Vociferou contra o número de gringos no futebol brasileiro
– Discordou das estatísticas de posse de bola, mas mudou de ideia quando Mauro Naves explicou que segurar a bola na defesa também conta como posse (só agora depois de 50 anos de futebol ele se ligou?)
– Empilhou conselhos para o menino Ney
– Trocou e errou o nome de jogadores
– Esqueceu o nome dos repórteres que estavam com ele na transmissão
Por fim, depois de 2 horas de jogo e mais uma de pré-jogo, Galvão perdeu a voz.
De forma melancólica, ele encerrou a transmissão bastante rouco, apenas como uma sombra do espetacular narrador que já foi.
O Galvão de hoje é uma caricatura do comunicador que virou lenda, ganhou documentários e entrou para o folclore brasileiro.
Haja coração.
Seria melhor para todos os envolvidos que, assim como fez seu ídolo Pelé, Galvão Bueno tivesse parado no auge.
