Opinião: Palmeiras perde sem levar perigo à defesa do Corinthians

Opinião: Palmeiras perde sem levar perigo à defesa do Corinthians

Opinião: Palmeiras perde sem levar perigo a uma defesa irretocável do Corinthians

Uma final de Campeonato Paulista marcada pelas brigas e discussões, como todo Derby tende a ser, mas que escondeu atrás desta cortina de fumaça uma batalha de táticas e estratégias contrastantes de Corinthians e Palmeiras.

 

Abel Ferreira, por exemplo, propôs uma mudança clara na formação do Palmeiras: jogou no 3-5-2. Piquerez era o zagueiro pela esquerda, ao lado de Micael e Murilo. Facundo recuou para ser ala por aquele lado, tendo Mayke avançado para fazer o mesmo no corredor oposto. Aníbal, Emiliano e Veiga compunham o meio-campo, enquanto Estevão, neste desenho, jogava mais próximo de Vitor Roque.

 

A ideia do Corinthians, defensivamente, era ter um zagueiro na sobra, enquanto os outros dois marcariam individualmente Memphis e Yuri Alberto, permitindo que acontecessem dobras na marcação e podendo reagir melhor às tabelinhas da dupla de ataque – pelo menos na teoria. Ao mesmo tempo, Garro, Carrillo e Martinez seriam acompanhados de perto pelos meias palmeirenses, e os alas bateriam de frente com a subida dos laterais adversários, sempre presentes no ataque.

Yuri Alberto, do Corinthians, disputa lance com Murilo, do Palmeiras, na final do Paulista 2025, na Neo Química Arena

Na prática, as movimentações constantes e o entrosamento do ataque corinthiano superaram, quase sempre, as tentativas de conter os contra-ataques. Não à toa, saíram de campo com a memória de uma bola perigosa do Garro na trave e uma finalização do Yuri na cara do gol.

 

A sensação, na realidade, era que o Palmeiras precisava escalar uma montanha para levar perigo ao gol adversário, enquanto o Corinthians conseguia o mesmo efeito após algumas poucas associações no ataque.

 

A trilha que o Abel escolheu seguir foi aproveitar os espaços que naturalmente existiam, por causa do seu desenho tático, nos corredores laterais do Corinthians. Uma vez que nem Garro, Memphis ou Yuri tinham a função de voltar para recompor a marcação na linha de meio-campo, os três volantes alvinegros ficaram encarregados “sozinhos” da função.

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