Análise: Polêmicas de Dudu no Cruzeiro dão força à decisão de Leila no Palmeiras
Ainda em janeiro deste ano, em meio às especulações envolvendo o futuro da relação entre Palmeiras e Dudu, a presidente Leila Pereira afirmou que o ciclo do atacante no clube havia acabado e que ele sairia pela porta dos fundos, diferente de outros ídolos.
À época, a declaração dividiu a opinião dos torcedores, apesar da relação de idolatria já estar estremecida após as recentes atitudes do jogador, que, entre críticas públicas e problemas internos, chegou a acertar verbalmente uma transferência para o Cruzeiro na metade de 2024.
Desde então, a relação de Dudu com o Palmeiras, onde atuou por dez temporadas e conquistou 12 títulos — incluindo duas Copas Libertadores —, nunca mais foi a mesma, com o atacante perdendo apoio fora dos gramados e espaço dentro de campo.
— O Dudu saiu pela porta dos fundos. No meio do ano quando falei que o encerramento do ciclo dele estava encaminhado, eu estava certa. E esperou-se até o fim do ano para o atleta sair sem que o Palmeiras ganhasse absolutamente nada, gerando um prejuízo de milhões — disse Leila em evento de apresentação do novo patrocinador master.
Sem o camisa 7, a diretoria alviverde ganhou espaço na folha salarial e contratou outros três jogadores para reforçar o sistema ofensivo. A decisão, ao menos em campo, se mostrou acertada, com Dudu participando de apenas dois gols no ano e sendo barrado após problemas disciplinares, situação semelhante à que enfrentou no clube paulista.
Após cobrar a titularidade em entrevista e pedir, nos bastidores, a demissão do técnico Leonardo Jardim, Dudu foi afastado pela comissão técnica e não foi relacionado para a vitória sobre o Vasco, que colocou o time no G4 do Brasileirão.