Renato Paiva minimiza vaias e xingamentos em empate do Botafogo: “A torcida é soberana”

Renato Paiva minimiza vaias e xingamentos em empate do Botafogo: “A torcida é soberana”


Renato Paiva minimiza vaias e xingamentos em empate do Botafogo: “A torcida é soberana”

O Botafogo empatou em 2 a 2 com o São Paulo nesta quarta-feira (16), no Nilton Santos, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na coletiva de imprensa, o técnico Renato Paiva comentou sobre as vaias e xingamentos e minimizou a atitude dos torcedores.

“A torcida tem o direito de se manifestar, um direito democrático e público. Treinador tem que saber viver com isso. Mas o treinador tem que saber das decisões que toma em consciência. Nós estávamos a perder de 2 a 1, o Gregore é mais defensivo do que o Marlon e aquilo que me interessa é levar a equipe para frente, quando entendo que o adversário está cada vez mais recuado, cada vez mais com menores jogadores na frente e cada vez mais jogadores dentro da área. Portanto, não me interessa ter dois zagueiros, um meia mais defensivo e dois laterais que muitas das vezes são dois extremos.”

“Tomo as decisões pelo conhecimento que tenho dos jogadores, da minha experiência de vida e da forma como leio o jogo. Falar antes, criticar antes é um fato. Depois, a verdade é que eu acho que é unânime que a equipe melhora depois das substituições. Acho eu, na minha visão, que o volume de jogo acentuou mais, o critério de posse melhorou, fomos mais verticais nem que seja por fora. E continuamos a gerar mais situações. Portanto, a torcida é soberana, tem direito a se manifestar e ponto final, parágrafo. É a vida do jogador, do técnico, do presidente, de quem anda nesta vida profissional. A torcida está revoltada com o resultado? É óbvio, porque quer ganhar, como nós também queremos. Nós também estamos revoltados. Podemos olhar para esse jogo e dizer assim, “cara, fizeste número de finalizações suficientes para ganhar esse jogo e não ganhaste”. Isso que me deixa triste e me leva para casa.”

Além disso, Renato Paiva contou o papo que teve com o árbitro Davi de Oliveira Lacerda sobre as ceras dos jogadores do São Paulo durante a partida.

“Para mim é claro, sem querer faltar respeito ao Zubeldía e aos jogadores, a partir de um certo momento, só uma equipe jogou. Acho que isto é um problema do futebol brasileiro. Goleiro cai 50 vezes, câimbra 50 vezes. Queria deixar uma palavra ao Calleri porque a lesão parece grave. Deixar um abraço e desejar que não seja nada grave, mas, se for, as melhoras rápidas. É um grande jogador e grande profissional. Não queremos lesões nem nos nossos e nem nos outros. Mas se queremos que o futebol brasileiro melhore em muitas coisas, essa é uma delas. Entendo a manha e essas coisas, mas fazer as vezes é uma coisa. Acabar com o jogo há 30 minutos do fim… só há uma entidade que pode impedir: o árbitro.”

“Ele pode contabilizar no fim e dar o tempo. Durante algum momento deram 10, 12 minutos. Para mim, hoje, tinha que dar 10 minutos. Não estou criticando decisões, apenas algo quantificável, o tempo. Sete minutos me parece escasso. Vão falar que digo isso porque estava atrás no resultado. Vou, mas quando não estiver, vou dizer o mesmo. Podem escrever. Nós, estrangeiros, estamos vindo para o país de vocês trabalhar e temos de trazer coisas diferentes. Vou tentar trazer o meu trabalho e tentar fazer o Botafogo voltar a ser campeão. Esse tipo de coisa não posso voltar para casa sem deixar de falar ao árbitro. Com toda educação, disse que isso eles podem controlar. Se não, quem vê esse jogo vai dizer que vale a pena fazer isso faltando 30 minutos. O público não vê o jogo, cai um, cai outro. O árbitro não pode temer dar 10, 15 minutos.”

O Botafogo soma cinco pontos e ocupa o meio de tabela do Brasileirão. O Alvinegro volta a campo no domingo (20) contra o Atlético-MG, no Mineirão, às 16h (de Brasília), pela 5ª rodada da competição.

Veja outras respostas de Renato Paiva

Análise do jogo

“Fizemos o suficiente para ganhar o jogo. Pelo menos em termos ofensivos que a equipe estava em dificuldades nos últimos jogos, por ironia até ganhou. Com exceção do Bragantino e Universidad do Chile. A equipe sentia dificuldades em criar, gerava poucas oportunidades de gol. Eu mesmo assumi a responsabilidade por isso. Me parece óbvio que hoje geramos oportunidades o suficiente para ganhar esse jogo, mas não fizemos por ineficácia e outras porque o nome do jogo é o goleiro do São Paulo e ele está lá para isso. Pena que tanto volume de jogo ofensivo não tenha terminado com mais gols.”

Gols sofridos

“Os gols que sofremos é uma situação individual do Ferreirinha, que já sabíamos que joga assim e vem muitas vezes ali por dentro, e um erro coletivo em uma saída de bola que nos penaliza. Da exibição fica um crescimento da equipe em termos ofensivos, em que geramos de muitas e diferentes formas as situações de gol. Continuaremos trabalhando a eficácia. Hoje o resultado premia a eficácia do São Paulo ofensiva e a ineficácia nossa, ou eficácia do goleiro. É olhar para o próximo adversário, equipe com muita qualidade o Atlético-MG, também está com dificuldade pelo que eu vi de materializar em gols as oportunidades que cria. Vamos ter o mesmo espírito de olhar para o jogo para ganhar.”

Priorizar competições

“Como clube grande, não vamos priorizar nenhuma competição. É jogo a jogo e olhar para as competições com os melhores jogadores. Agora, muitas vezes a revolta da torcida com as substituições é que você tira jogadores que são titulares. O Gregore, jogadores com utilização massiva. E as pessoas tem de pensar que o jogador não pode estar lá só o nome. Às vezes o desgaste é tanto que fica só o nome, mas o atleta não. Tem que colocar gente fresca, que mude a cara do jogo. Foi o que tentamos com o Jeffinho, um outro nove, Patrick. O Savarino quando entra o Mastriani continua por dentro e o Cuiabano tem o corredor. Olhar para o jogo e tomar decisões. Quando substituiu um jogador que a torcida gosta, eles criticam porque gostam, mas tem de pensar que são seres humanos. Gregore e Marlon tem jogado todos os jogos praticamente. Tiro aos 15, aos 10, alguns não tiro. Tenho de fazer essas substituições para melhorar.”

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