Santos vai virar SAF? Entenda o que o CEO e clube projetam
Após anunciar a demissão de Pedro Caixinha, o Santos organizou uma entrevista coletiva na tarde de terça-feira (15) com o CEO do clube, Pedro Martins. O executivo detalhou o processo de demissão do técnico português e dirigiu duras palavras ao falar da necessidade de reestruturação do Peixe, que voltou à Série A nesta temporada e tem como objetivo voltar a brigar por títulos relevantes no país.
Um dos temas levantados no pronunciamento foi a possibilidade do Santos atualizar seu estatuto e se preparar para investimentos como uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Apesar de uma situação financeira delicada, com uma dívida que se aproxima da casa de R$ 1 bilhão, os mandatários do alvinegro são muito cautelosos ao falar de SAF.
O CEO Pedro Martins ressalta que, antes de se pensar na criação de uma SAF, o Santos precisa passar por um processo de modernização dos seus modelos de gestão, para que a escolha de adotar o formato financeiro, caso aconteça, seja de uma forma consciente e saudável para o clube.
– Não acho que o Santos precise virar SAF. Sou defensor de bons modelos de gestão. Se você tem um bom modelo, toma decisões corretas, equilibra financeiramente o clube, coloca as pessoas nos seus devidos lugares e busca a sustentabilidade financeira, você não precisa virar SAF necessariamente – citou Martins.
O executivo não detalhou todas ações tomadas no Santos, mas citou a contratação de uma empresa que presta serviços financeiros à equipe. Além disso, reforçou que as conversas com o presidente Marcelo Teixeira têm sido positivas e estão alinhadas ao perfil que o clube quer alcançar.
– O presidente quer que a gente seja uma empresa bem gerida. E se dentro desse processo de gestão o clube decidir virar SAF, não é porque ele vai precisar virar SAF, mas sim porque escolheu esse caminho. Muitos clubes brasileiros acabaram virando SAF por necessidade. E aí você pode tomar decisões erradas. Se você escolhe esse caminho com decisões estratégicas e bem pensadas, é totalmente diferente. E um clube só pode fazer isso se estiver sendo bem gerido – completou.