Segundo Castillo se destaca e “subverte o clássico” com seu estilo
Nos duelos contra o Corinthians pela Pré-Libertadores, o Barcelona de Guyaquil chamou a atenção pelo que apresentou dentro de campo, eliminado o clube paulista com direito a vitória por 3 a 0 no Equador, e fora das quatro linhas também. O técnico Segundo Castillo se destacou pelo estilo na beira do campo, com um terno diferenciado, usando colete e gravata borboleta, algo pouco ou nada comum para treinadores de futebol.
Desde então, as aparições de Segundo Castillo, passaram a viralizar nas redes sociais. O equatoriano de 42 anos, que chegou a jogar na seleção nacional, passou a ser conhecido como Sir Second Castle.
O 365Scores ouviu a opinião de quem entende muito de moda para avaliar o estilo de Segundo Castillo, que segue “causando” em cada partida do Barcelona na Libertadores. O clube equatoriano ocupa a terceira posição no Grupo B. Para Fábio Monnerat, especialista em branding de moda, o técnico “subverte o clássico”, mas de forma coerente:
“Ele aposta na alfaiataria, que é o clássico, mas raramente ele está com cores neutras. Uma subversão do clássico de um jeito muito divertido. Os mais caretas vão achar que não faz muito sentido e que não combina, mas há uma coerência na construção. Nada é óbvio na maneira como ele constrói a comunicação através dos looks. Não vamos ver muitos homens usando a mesma coisa, não são as combinações tradicionais, mas funciona bem para ele. Vira uma assinatura pessoal. Algo que não pode ser imitado. Isso sempre terá valor”.
Fugindo do clássico, muito se questionou sobre a praticidade de utilizar roupas tão diferenciadas, visto que um treinador de futebol normalmente precisa estar em movimento e dando instruções, por isso, a maioria opta por roupas mais confortáveis e um estilo mais atlético.
“Realmente as escolhas de Castillo não são as mais usuais. Ele adota uma alfaiataria clássica e brinca com cores e padronagens que seriam diferentes até em eventos mais formais. São escolhas ousadas para um técnico usar no campo. Não são escolhas muito confortáveis e funcionais para quem precisa de movimento e muito menos conforto térmico, mas é um jeito de criar um personagem que funciona”, analisou Fábio Monnerat.
“A maioria dos técnicos passa meio desapercebido nesse quesito, Segundo virou um ícone que cria estranhamento e curiosidade. Sem dúvidas é uma figura que chama muita atenção nesse mundo midiático. O que pode ser favorável para sua carreira, caso ele faça um bom trabalho como técnico. Fora a falta de conforto, não vejo nada que possa ser ruim para a carreira dele, muito pelo contrário, talvez funcione como diferenciação e construção de marca pessoal”, completou.

