A palmeirense Gabriela Anelli morreu em julho de 2023, antes do empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Flamengo no Allianz Parque, após ser atingida no pescoço por estilhaços de garrafa. O autor do arremesso do objeto, que causou a morte, foi Jonathan Messias Santos da Silva, torcedor do Flamengo. O rubro-negro foi condenado, nesta terça-feira (20), a 14 anos de prisão em regime fechado. A informação é do Ge.

Jonathan Messias estava preso preventivamente desde agosto de 2023. O caso aconteceu na Rua Antônio Padre Tomás, ao lado do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. A juíza Isadora Botti Beraldo Moro decidiu pela prisão do torcedor do Flamengo, quase dois anos após a morte de Gabriela. A defesa vai recorrer. Ele recebeu quatro votos a favor da culpabilidade por homicídio com dolo eventual e três contra.

A defesa de Jonathan Messias afirmou que não havia testemunha, fato ou imagem no processo que o apontasse como responsável por arremessar a garrafa que matou Gabriela Anelli. Em depoimento durante o julgamento, o flamenguista admitiu ter jogado uma garrafa que se espatifou no portão, mas disse não saber se foi a que atingiu a palmeirense. No momento, havia discussões entre torcedores dos times em um portão de divisória.

Durante a explanação da promotoria, foi apresentada ao júri uma imagem do ferimento no pescoço de Gabriela. Os pais, o avô e a avó materna da vítima passaram mal e deixaram a sala para serem atendidos. Oito testemunhas, quatro de acusação e quatro de defesa, já haviam sido ouvidas pelas partes, pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro e pelo júri.

Relembre o caso da morte de Gabriela Anelli

Antes da partida entre Palmeiras e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de 2023, no Allianz Parque, um grupo de palmeirenses e flamenguistas entraram em confronto, separados por um portão. Vários objetos foram atirados, entre eles algumas garrafas. Uma delas se espatifou, e estilhaços atingiram o pescoço de Gabriela Anelli, que foi levada ao Hospital Santa Casa, na Vila Buarque.

A palmeirense, contudo, sofreu duas paradas cardíacas e morreu dois dias depois do caso. Jonathan Messias foi identificado através de câmeras de reconhecimento facial do estádio do Palmeiras. O Ministério Público de São Paulo, com isso, protocolou o pedido de prisão, feito em agosto de 2023.

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